Descobri esse quadro em um momento muito difícil de minha tese de doutorado, quando a realidade se mostrava muito confusa à minha frente. Dediquei algum tempo a entender aquela obra e foi um momento de iluminação. Me aproximei daquele universo complexo de cores, texturas e profundidades a ponto de trazer o quadro para a tese (e para um dos artigos que de lá emergiram, vide referências). Quando geograficamente próximo, não pude deixar de ir lá. E foi emocionante.
Arte, é claro, não escapa de ser comercializada. Não falo apenas de peças de arte vendidas, os próprios objetos ou performances, ou de suas reproduções (vide Benjamin, 2000). Falo de reapropriações e ressignificações.
Pollock também não escapa. Em 1964, oito anos após a morte do artista, a Springbook Editions transformou sua obra em um quebra-cabeças de 340 peças que foi considerado o quebra-cabeças mais difícil do mundo. Recentemente a Noodlz lançou uma versão de 1.000 peças do mesmo quebra-cabeças (http://noodlzonline.com/shop/jigsaw-puzzles/jackson-pollock-convergence-jigsaw-puzzle/) afirmando ser essa três vezes mais difícil do que a original.
Ida Frosk (http://idafrosk.blogspot.co.uk), artista norueguesa que faz arte com alimentos (tema para um post!), propõe "manhãs criativas" com Convergence Cake e outras versões comestíveis de obras de arte.
Referências
BENJAMIN, W. A obra de arte na época de
sua reprodutibilidade técnica. In: ADORNO et al. Teoria da Cultura de massa. Trad. de Carlos Nelson Coutinho. São Paulo:
Paz e Terra, 2000. p. 221-254.
SAUERBRONN, J. F. R. & AYROSA, E. A. T. Sobre convergência e a prática metodológica do interacionismo interpretativo na pesquisa acadêmica em marketing. RAC Revista de Administração Contemporânea, v.14, n.5 , p. 854-870, 2010.
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